sexta-feira, 26 de abril de 2024

Segurança Ambiental para Mulheres e Crianças em Meio a Crises Ambientais


Sabe-se que em tempos de guerras, especificamente calamidades naturais, as Mulheres e crianças tem um papel importante na mitigação e/ou gestão dos efeitos dos desastres naturais.

No entanto, enfrentam desafios adicionais,  devido a fatores sociais, económicos e culturais. Por constituirem a maioria em termos de número e por serem mais vulneráveis, enfrentam riscos específicos, a título de exemplo temos as deslocações forçadas, falta de saneamento e água potável e de abrigos seguros, ficando assim expostos a violência sexual e baseada no género. 

Em Moçambique, existem exemplos claros de mulheres resilientes e com estratégias de sobrevivência, umas deram à luz em cima de árvores devido às cheias, como o caso mediático da menina Rosita que nasceu no ano 2000 nestas circunstâncias; Outras mobilizaram recursos e redes de apoio para proteger sua família e comunidade.

Segurança ambiental fala basicamente do conjunto de medidas preventivas adotadas contra os riscos ambientais, desse modo, para que as Mulheres e crianças façam parte da solução de problemas ambientais, devem ser incluídas nas decisões e ações sociais, isto é - as políticas públicas devem ser desenhadas de modo que estes possam (em comunidade) implementá-las. 

Em síntese, é importante promover a participação activa das Mulheres nas decisões relacionadas à gestão destes desastres, incluindo o acesso à informação e recursos, capacitação em habilidades relevantes e inclusão em programas de recuperação e reconstrução, e que as suas vozes sejam ouvidas, levando em consideração as necessidades específicas deste grupo vulnerável, isto porque, elas muitas vezes demostram uma capacidade de adaptação e resistência em contextos ambientais diversos. 

Como diz o ditado popular: “Educar uma rapariga, ou uma Mulher, é educar uma Nação”

Jennifer Cambaco

2024